Maternidade-referência com a cara (e dedicação) de uma médica-referência

Uma das iniciativas de ponta na maternidade do HPM é trabalhar no combate à violência obstétrica

Doutora Eliana Modesto Teixeira

“A paixão me rendeu um amor mais maduro porque passei a conhecer melhor a cidade e sua gente nos plantões que comecei a fazer a convite de outra colega de profissão. Em 2017 mesmo me tornei coordenadora da maternidade e um ano depois veio o convite para assumir a direção técnica do hospital”
ELIANA MODESTO TEIXEIRA, Médica Ginecológica e Obstétrica

 

Quando a gente pensa em maternidade logo vem à mente a imagem de bebês fofinhos, mas em Venda Nova do Imigrante a presença de uma médica mudou o conceito. Além de bebês fofinhos, inovação, profissionalismo e reconhecimento. De 2017 para cá, a maternidade do Hospital Padre Máximo virou um Centro de Atenção graças a uma médica-carioca-vendanovense-de-coração, Eliana Modesto Teixeira (especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Cirurgia Ginecológica), que trocou o Rio de Janeiro por Vitória e Vitória por Venda Nova do Imigrante depois de ver despertar dentro de si uma paixão pela cidade, seus pacientes e pelo hospital local.

“A paixão me rendeu um amor mais maduro porque passei a conhecer melhor a cidade e sua gente nos plantões que comecei a fazer a convite de outra colega de profissão. Em 2017 mesmo me tornei coordenadora da maternidade e um ano depois veio o convite para assumir a direção técnica do hospital”, recorda-se, com satisfação.

O convite veio com aval do Conselho Administrativo, que precisa abonar toda decisão da diretoria. “Foi uma boa surpresa e Venda Nova do Imigrante ganhou, assim, uma nova moradora fixa”, brinca.

Mas Eliana não é só simpatia e profissionalismo, não!

Sua chegada agregou mais atendimento de especialidades no hospital. Cirurgias, que Uma das iniciativas de ponta na maternidade do HPM é trabalhar no combate à violência obstétrica Maternidade-referência com a cara (e dedicação) de uma médica-referência antes não eram executadas na unidade, foram incorporadas à lista de procedimentos do HPM. Além de partos, procedimentos como histerectomia – prescrito para casos de miomas uterinos, doença inflamatória pélvica, adenomiose do útero, menorragia e outras doenças do gênero – ou ooforectomia, também conhecida como ovariectomia, que é indicada para casos de cancro de ovário, endometriose e cistos ovarianos, e ainda perineoplastia, que é uma operação que tem como finalidade principal reparar as lesões do tecido local após partos vaginais, estão entre os novos serviços especializados conduzidos pela médica na cidade.

Eliana também tem colaborado incansavelmente com cirurgias eletivas particulares e de convênios, que ajudam a equilibrar as contas no hospital.

“Para humanizar os atendimentos precisamos seguir alguns parâmetros que refletem em mais qualidade e eficiência no procedimento. Humanização é assistência, ou seja, a parturiente deve ser ouvida e suas decisões respeitadas. Um parto adequado ou humanizado nem deveria ser algo pelo qual a mãe precisasse optar, deveria ser rotina em todas as maternidades”, chama a atenção a médica. Porém, a gente sabe que não é assim que acontece.

Uma das iniciativas de ponta na maternidade do HPM é trabalhar no combate à violência obstétrica, já que o Brasil apresenta uma triste estatística: uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. Ela descreve a situação, chamada de violência obstétrica, da seguinte forma: pode se apresentar como a limitação da movimentação da mulher durante o trabalho de parto, a realização de procedimentos desnecessários, a omissão de informações às quais a parturiente deve ter, execução de procedimentos sem o consentimento da mulher, o desrespeito às decisões dela, maus tratos e abusos de poder.

 

PRÁTICAS ABUSIVAS

Recentemente, o Brasil assistiu a uma reportagem exclusiva do programa Fantástico, em que diversas mulheres acusam um renomado médico de São Paulo de práticas abusivas durante consultas e procedimentos cirúrgicos envolvendo parturientes.

Por isso, o atendimento de referência que vem sendo prestado na Maternidade do HPM tem atraído as atenções de várias partes do Estado, fato que vem consolidando a unidade como hospital-regional, aponta a diretora da maternidade. Ações que contribuem para o atendimento da parturiente, como bolas fisioterapêuticas, espaldar, cavalinho e banquetas especiais, um dos grandes avanços em estrutura na Maternidade foi a aquisição das chamadas camas PPPs – pré-parto, parto e pós-parto, que, além de oferecer maior conforto durante o procedimento, evita a necessidade de transferência da parturiente do quarto para o centro cirúrgico.

Deu tanta liga a presença de uma médica-referência num hospital-referência que a maternidade do HPM foi batizada de Maternidade Eliana Modesto Teixeira. Uma homenagem e tanto a alguém que tanto se dedica no trabalho.

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